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A higiene mental do escolar: o ardil da ordem

Acadêmica: Daisy Mendonça

Orientadora: Maria Lucia Boarini

Ano: 2006

Resumo: O objetivo deste trabalho é investigar como o movimento de Higiene Mental ajudou na defesa teórica da Educação Escolar, por meio da ordenação de idéias que davam fundamento às clínicas de orientação infantil escolar instaladas em escolas públicas do Rio de Janeiro e de São Paulo, na década de 30 do século XX. Entre os recursos teóricos utilizados pelos higienistas, destaca-se a Psicanálise, que, segundo a análise aqui desenvolvida, foi alçada à condição de teoria normalizadora do comportamento, através de sua suposta capacidade de “higienizar o espírito da criança”. Este tema se relaciona, na atualidade, com a parceria entre Medicina e Educação, onde a leitura médica dos problemas de comportamento do escolar tem levado a um predomínio no diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e ensejado medidas farmacológicas altamente polêmicas. Neste estudo, investigam-se fontes da época que permitem conhecer algumas das idéias que conduziram os intelectuais da higiene mental ao trabalho com os escolares, reforçando os pressupostos científicos e políticos presentes no ideário do movimento de renovação escolar. Destacam-se no percurso do presente estudo as idéias desses intelectuais quanto ao futuro da nação, à compreensão da crise social como resultado da má formação moral e orgânica do indivíduo e à higiene mental da criança realizada por meio da família e pela educação escolar como uma das soluções para os problemas vividos pela sociedade brasileira, na época.

 

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