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Saúde mental e infância: uma análise das concepções veiculadas pela psicologia e psiquiatria

Pesquisadora: Ednéia José Martins Zaniani

Período: 2011 - 2012

Acadêmica: Miriam Furlan Barbosa

Resumo: No Brasil desde 2002 os Centros de Atenção Psicossocial Infanto- juvenil (CAPSi) tem sido apontado como o dispositivo público responsável por articular a rede de serviços local de saúde mental. Criado para atender crianças e adolescentes acometidas por grave sofrimento psíquico a proposta do CAPSi está em consonância com o Movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira e a Política Nacional de Saúde Mental vigente. Dentre outras questões, a legislação vigente trás no seu bojo um novo conceito de saúde mental que não é passível de ser generalizado, mas que implica em considerar que ausência de transtornos mentais não é sinônimo de saúde mental. Falar em saúde mental implica falar de condições dignas de vida, acesso aos serviços, aos bens materiais e culturais, de relações familiares e comunitárias, entre tantos outros, considerando que grande parte das doenças mentais e físicas coaduna fatores biológicos, psicológicos e sociais. No que tange especificamente as ações voltadas ao público infanto-juvenil é proeminente ressaltar que se os parâmetros sociais que balizam a normalização do fenômeno saúde /doença mental são construídos historicamente assim como a concepção de infância e adolescência também é. Propomos com esse projeto pesquisar qual a concepção de infância e saúde mental infantil veiculada nos periódicos científicos da última década tomando como foco os periódicos de duas áreas do saber – a Psicologia e a Psiquiatria. Asseveramos sobre a importância de pesquisas que problematizem os alicerces teórico-conceituais presentes na produção cientifica socializada, sobretudo, nestas áreas que, historicamente, têm se manifestado com afinco sobre a saúde mental infanto-juvenil e suas implicações.