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Grupo de pesquisa devidamente inscrito no CNPq, existente desde o ano 1998, tem como objetivo pesquisar o ideário da higiene mental, desdobramento do movimento higienista sanitário, e da eugenia, presença significativa no início do século XX, no Brasil, e seus desdobramentos nas instituições brasileiras, tais como Saúde, Educação, dentre outras.

Este retorno à história, com a isenção que o tempo transcorrido permite, pode promover alterações na dimensão do conhecimento.

Malgrado o fato de que estes movimentos são observados como fatos de um passado distante, os encaminhamentos propostos pela intelectualidade brasileira tendo como orientação este ideário marcou, e talvez ainda marca, as regras de convivência social. Ao proporem ações de ordem social, os higienistas e eugenistas, nos legaram exemplares lições de como encaminhamentos visceralmente delineados pelo saber das ciências naturais, sem as necessárias mediações sociais, podem resultar em procedimentos tingidos de preconceitos, nada interessantes para a sociedade humana.

Obviamente a recuperação de fenômenos de períodos históricos distintos deve ser avaliada cuidadosamente, pois podem ter conotações diferentes. Isto significa que os fatos passados e as respectivas interpretações não devem ser transpostos mecanicamente de uma época para outra. Todavia, o resgate do pretérito enquanto cenário de construção do conhecimento científico e suas interfaces ideológicas é, sem dúvida, um dos compromissos do pesquisador. É este compromisso que assumimos com este trabalho.

Sobre a imagem

Escultura em bronze, medindo 2 metros de altura e pesando mais de 200 Kg, apoiada sob um pedestal de granito. Representa a deusa romana Minerva que nesse caso seria uma alegoria a indústria. Esta escultura foi encomendada na Itália, no início do século XX, e seria instalada em uma indústria no Rio de Janeiro, mas, com a falência, ela foi entregue ao Sr. Hostino Dutra que a presenteou ao farmacêutico José Brancaglione, seu genro. Ele a colocou em sua farmácia. Com seu falecimento, a família doou para a Prefeitura de Santo André. Foi reinstaurada e instalada em 1997, definitivamente, no Jardim do Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa, na rua Senador Flaquer, 470 em Santo André/SP. Crédito da foto: Daniel Boarini de Souza. Arte final: Luciano Wilian da Silva.

 

"Com o manicômio não se negocia"

Franco Basaglia